“Todas as propostas de reajustes foram rebaixadas e muito distante das reivindicações das bancárias e bancários, que exigem aumento real e que reflita os altos lucros e rendimentos do setor, que só em 2023 lucrou R$ 145 bilhões”, destacou a coordenadora do Comando e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
O Comando reafirmou em mesa o entendimento de que “repor a inflação é obrigação” e defendeu a necessidade de aumento real e decente para todos os trabalhadores que tanto contribuem com os lucros do setor.
Segundo levantamento do Dieese, dos 9.604 setores no país que já firmaram acordos ou convenções, em 2024, apenas 12,8% foram escalonados, ou seja, por faixa salarial, como a Fenaban propôs. Além disso, mais de 85% tiveram aumento real médio de 1,54%, enquanto os bancos querem impor ganhos reais entre 0,09% e 0,23%.
O presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, e a vice-presidente, Ana Stela Alves de Lima, acompanharam mais essa rodada de negociação. “Os bancos trouxeram propostas com pouquíssimas alterações com relação ao que já havia sido recusado na quarta-feira e que foram novamente rejeitadas. É lamentável que a gente chegue na 12ª rodada de negociação e tenha que lidar com essa postura da Fenaban. Esperamos um desfecho melhor nessa sexta”, disse Lourival.
Também nesta noite, ele participou de plenária realizada pela Feeb-SP, para esclarecimentos da Campanha Nacional – e atualizações das negociações na Caixa, Banco do Brasil e Santander.
Um dos pontos abordados foi a justamente a postura intransigente da Fenaban, que insiste em propostas com perdas para os bancários – o que não será aceito pela representação. Assembleia marcada para 4 de setembro é fundamental para deliberar sobre acordo (se houver) ou mobilizações.
Próximos passos
As negociações serão retomadas nesta sexta (30), às 10h, em São Paulo, último dia em que os bancos terão para resolver a campanha em mesa, reforçou o comando.
Os trabalhadores também seguem cobrando a entrega de respostas sobre demais reivindicações, entre elas aumento maior nos vales, melhoria da PLR, combate à terceirização, proteção do emprego bancário, direito à desconexão, suporte aos pais e mães de filhos com deficiência e aos funcionários com deficiência.
(Com informações Contraf-CUT)