O racismo está associado ao conceito de raça como princípio de classificação da humanidade em tipos considerados biologicamente distintos. Nos séc. XVII e XIX desenvolveu-se a noção moderna de raça, na qual partindo dos critérios de classificação as categorias foram ordenadas em graus de superioridade e inferioridade, nas quais os europeus se viam como superiores. Portanto, pode-se definir o racismo como utilização das diferenças biológicas, de forma generalizada e definitiva, em proveito do acusador e em detrimento da sua vítima, a fim de justificar uma agressão.
No Brasil, apesar de no último censo a maioria da população brasileira tenha se definido como não branca, 89% da população entrevistada pela pesquisa nacional “Discriminação racial e preconceito de cor no Brasil” coordenada pela Fundação Perseu Abramo, em 2003, confirmou a existência de racismo no Brasil. Observou-se ainda a disseminação do racismo institucional, ou seja, as desigualdades sociais raciais vivenciadas nas instituições do mercado de trabalho, da saúde, da educação, da segurança pública e até nas atividades de lazer; a pesquisa apontou que 43% dos pretos e 19% dos pardos afirmaram ser vítimas deste tipo de preconceito. O contexto sócio-histórico brasileiro contribuiu para a reprodução do racismo, o regime de escravidão e do falso juízo do que é ser negro tem o papel de integrar a população negra de forma subalterna na estrutura de classes.
No Brasil, apesar de no último censo a maioria da população brasileira tenha se definido como não branca, 89% da população entrevistada pela pesquisa nacional “Discriminação racial e preconceito de cor no Brasil” coordenada pela Fundação Perseu Abramo, em 2003, confirmou a existência de racismo no Brasil. Observou-se ainda a disseminação do racismo institucional, ou seja, as desigualdades sociais raciais vivenciadas nas instituições do mercado de trabalho, da saúde, da educação, da segurança pública e até nas atividades de lazer; a pesquisa apontou que 43% dos pretos e 19% dos pardos afirmaram ser vítimas deste tipo de preconceito. O contexto sócio-histórico brasileiro contribuiu para a reprodução do racismo, o regime de escravidão e do falso juízo do que é ser negro tem o papel de integrar a população negra de forma subalterna na estrutura de classes.
Luciana Henrique da Silva, doutora em Ciências Sociais pela Universidade de São Carlos