Após três rodadas de negociação, a Fenaban se limitou em responder “não” às principais reivindicações da categoria sobre temas como saúde, segurança, condições de trabalho e emprego. Na terceira rodada, realizada na semana passada (dias 8 e 9), a Fenaban voltou a desrespeitar a categoria bancária. A exemplo do Programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, discutido no último dia 2, a negociação sobre o Correspondente Bancário, que integra o tema Emprego, terminou em impasse. Na verdade, durante os dois dias a Fenaban não mostrou disposição em negociar com seriedade as garantias de emprego, inclusive a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que estabelece proteção contra as demissões imotivadas. Quanto à terceirização, remeteu a discussão à mesa temática, após fechamento do acordo coletivo.
Nesta quarta e quinta-feiras, dias 15 e 16, acontece a quarta rodada de negociação, conforme calendário definido no dia 24 de agosto. Em pauta, Remuneração e Previdência Complementar.
Para o presidente do sindicato, Jeferson Boava, que participa do processo de negociação, como integrante do Comando Nacional dos Bancários, “esperamos seriedade da Fenaban na quarta rodada. Queremos propostas concretas sobre o índice de reajuste, incluindo aumento real, piso salarial e PLR decente, que reflita o empenho do trabalhador bancário na construção do lucro”. Jeferson destaca ainda que chegou o “momento chave” da Campanha Nacional em que os bancários “devem estar em sintonia com o sindicato, integrados na mobilização, na construção de um movimento forte”.
13/09/2010
Fenaban aposta no confronto, quer testar mobilização dos bancários
Negociações