Os funcionários de três agências do Banco do Brasil em Campinas paralisaram os serviços
no Dia Nacional de Luta (28 de março) para exigir jornada de 6h para todos,
sem redução de salário, e plano de cargos decente. As agências Paula Bueno (Taquaral),
Distrito de Sousas e Centro paralisaram o atendimento até às 11h; a maioria dos funcionários
atendeu sugestão do Sindicato em trajar roupa de cor preta e estampar adesivo alusivo ao
Dia de Luta. Durante as manifestações diretores do Sindicato distribuiram carta aberta intitulada:
Jornada de 6h sem redução de salário. “Os funcionários, a exemplo do último dia 6,
quando realizamos o primeiro Dia de Luta pela jornada de 6h e plano de cargos decente,
aderiram à mobilização”, destaca o presidente do Sindicato, Jeferson Boava. Segundo ele,
a paralisação nas agências Paula Bueno e Distrito de Sousas, que passam por reformas,
foi também para exigir mais segurança e melhores condições de trabalho.
“Na Centro por ser a maior agência instalada em Campinas. Mas nossa luta não se encerra
nessas três unidades de trabalho; continua”.
Conquistada em 1933, a jornada de 6 horas não é respeitada pelo Banco do Brasil.
Apesar de ter em mãos estudo sobre a jornada de 6h, a diretoria do BB reafirmou em recente
rodada de negociação, mais especificamente no dia 20 de março, que ainda não tem nenhuma
proposta. Esse silêncio angustiante beira ao descaso e desrespeito.
Incorporados e Sinergia
Além da jornada de 6h e melhorias no plano de cargos, os funcionários exigiram soluções às
questões dos incorporados e maiores esclarecimentos sobre o Programa Sinergia 2012,
Segundo a carta aberta, “discordamos do citado programa, que implementa práticas de
individualização de metas, gerando competições acirradas no ambiente de trabalho, causando
exposição pública dos funcionários, e não apresenta parâmetro de medição para pontuação
que possa ser auferido para pagamento do módulo bônus da PLR”.
Fotos: Júlio César Costa