O Coletivo de Mulheres da CUT em Campinas realiza no dia 25 deste mês de setembro, na sede do Sindicato, debate sobre feminicídio intitulado “O enfrentamento à violência contra a mulher”. Palestrantes: Amelinha Teles, coordenadora do projeto de Promotoras Legais Populares e fundadora da União de Mulheres de São Paulo; e Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres. O debate terá início às 17h.
Feminicídio em Campinas
Em 2015, foram assassinadas 185 pessoas em Campinas: 159 (85,9%) homens e 26 (14,1%) mulheres. Dentre as 26 mulheres assassinadas, 19 foram vítimas de feminicídio, segundo estudo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, publicado na revista Cadernos de Saúde Pública (CSP), em julho deste ano.
O coeficiente de mortalidade por feminicídio em Campinas, aponta o estudo, foi 3,2 por 100 mil mulheres em 2015, próximo da média nacional (4,8 ocorrências para 100 mil mulheres, em 2015) e acima da média estadual, que foi de 2,4 casos para 100 mil mulheres. O estudo constata também que das 19 vítimas de feminicídio, “63,2% foram íntimos, sendo a maioria perpetrada pelo companheiro ou amante”.
Neste ano, segundo os pesquisadores da FCM, no período de janeiro até a primeira semana de julho deste ano, oito mulheres foram vítimas de feminicídio em Campinas.
Feminicídio é crime
A lei nº 13.104, publicada no dia 9 de março de 2015, alterou o artigo 121 do Código Penal para “prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio e o artigo 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos”.
26/09/2019
Dia 25, feminicídio em debate no Sindicato
17 horas