Mesmo numa situação atípica, com adoção de quarentena global (inédita da história das pandemias), os bancos privados e públicos no país não pararam de cobrar o cumprimento das metas de vendas. No Bradesco, por exemplo, gestores ameaçam com demissões. No Santander, “não tem nada de anormal”, segundo representantes do banco espanhol na mesa de negociação com os sindicatos. No Banco do Brasil, a cobrança é tão intensa, excessiva, que parece que os funcionários são incompetentes. E no Itaú, no Safra, no Mercantil do Brasil, na Caixa Federal, dentre outros, a cantilena é a mesma.
Para o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, a cobrança de metas neste momento “é um desrespeito. É impossível fazer novos negócios, como exigem os gestores, num quadro econômico de recessão, agravado pela pandemia. A cobrança de metas pode resultar em adoecimento dos trabalhadores, que convivem diariamente com a ameaça da COVID-19. É urgente uma revisão”.