Apesar de negar a revisão da medida, o BB informou que o comunicado aos gestores, emitido no último dia 21, não implica na convocação de todos os funcionários que coabitam com pessoas do grupo de risco (Covid-19) para o trabalho presencial. E mais: gestores que exigiram o retorno podem ter compreendido a medida de forma errônea ou necessitavam de pessoal para o trabalho nas agências, departamentos.
Diante dessa postura enviesada do BB, o Sindicato iniciou hoje (23) contatos com regionais, superintendentes, visando equacionar o problema. “O retorno precoce pode transformar os funcionários em vetores de transmissão da Covid-19. E o banco repassou a responsabilidade aos gestores”, destaca a diretora do Sindicato, Elisa Ferreira, que representa a Federação dos Bancários de SP e MS na CEBB. O BB possui 11.662 funcionários que se autodeclararam como coabitantes com pessoas do grupo de risco.
Retratação
A CEBB cobrou do banco que alguns gestores se retratem perante o corpo funcional e sindicatos, uma vez que anunciaram aos quatros cantos que a medida estava respaldada no Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial. O que não é verdade. O BB usou como justificativa a Portaria Conjunta nº 20 do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde, que orienta o afastamento apenas dos trabalhadores que fazem parte do grupo de risco.
O BB disse que irá realizar nova reunião com o gestores, informando que a medida é uma opção administrativa e não tem nenhuma relação com o acordo firmado com os sindicatos. O banco informou que irá avaliar a possibilidade de emitir novo comunicado.
Metas: Quanto as metas de vendas, abusivas, o banco não se manifestou. O trabalho alucinante atinge todos os funcionários (presencial e home office) e todos os segmentos. “A cobrança não para, sem trégua. Uma situação desumana, desrespeito total”, avalia Elisa Ferreira.
Fonte: Contraf-CUT