Sob a coordenação do Sindicato, os bancários lotados na agência Centro (010) do Banco Santander em Campinas paralisaram os serviços em protesto contra as recentes demissões, no período das 7h30 às 11h desta quinta-feira (24 de setembro), Dia Nacional de Luta.
Aprovada em reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE), realizada no último dia 21, a paralisação em Campinas retardou a abertura da agência em 2h. Durante a manifestação os diretores do Sindicato distribuíram carta aberta intitulada “Proteste contra as demissões”.
Tuitaço: Além da paralisação dos serviços, a partir das 12h, protesto contra as demissões nas redes sociais, e tuitaço. Use a hashtag; #SantanderPareAsDemissões.
Santander desrespeita compromisso
Na carta aberta aos clientes e usuários, o Sindicato denuncia o banco espanhol. “Apesar de assumir compromisso com os sindicatos dos bancários em não demitir durante a pandemia do novo coronavírus, em reunião realizada no início do mês de abril, o Banco Santander não para de demitir. No segundo trimestre deste ano, fechou 844 postos de trabalho no país que é responsável por 29% do total de seu lucro mundial. E no primeiro semestre registrou lucro líquido de R$ 6 bilhões”.
Em outro trecho da carta, afirma: “Em plena crise sanitária e econômica, a decisão do banco espanhol em reduzir 20% de seu quadro de pessoal no Brasil é desumana. Em nome da lucratividade sem fim, da ganância, o Santander destrói famílias e sequer discute o assunto com os representantes dos trabalhadores”. Entre os demitidos, bancárias gestantes. O que desrespeita, inclusive, a Convenção Coletiva de Trabalho, que garante estabilidade provisória à gestante.
Metas: Quanto às condições de trabalho, o Sindicato destaca na citada carta: “Num momento que se exige solidariedade, o Santander opta pela exploração dos funcionários. Além da cobrança por metas inatingíveis, o Santander cria “novas ferramentas” como, por exemplo, o denominado “Motor de Vendas”. O resultado é o adoecimento dos bancários”.