No período de um mês e quatro dias, foi o terceiro protesto: o primeiro aconteceu no dia 15 de outubro em Campinas, Americana e São João da Boa Vista; o segundo, no prédio central em Campinas (Av. Moraes Sales) com paralisação dos serviços. E nos dias 13 e 23 de outubro e nos dias 6, 11 e 17 deste mês de novembro, tuitaço com as hashtags #BradescoPenseNoFuturo, #QuemLucraNãoDemite e #QueVergonhaBradesco e postagens nas demais redes sociais.
Apesar de manter os lucros em alta ao longo deste ano, R$ 7,626 bilhões no primeiro semestre, mais R$ 5 bilhões no terceiro trimestre, o Bradesco já demitiu mais de 1.200 funcionários desde o dia 28 de setembro, quando anunciou as dispensas via comunicado interno. Na base do Sindicato, mais de 100 demissões nos últimos 40 dias. Na região de Americana (Nova Odessa, Hortolândia e Sumaré) foram demitidos 22 bancários. Ao fechar postos de trabalho em todo o país, o Bradesco rompeu compromisso assumido com os sindicatos, em abril deste ano, em não demitir durante a pandemia do novo coronavírus.
Para o diretor do Sindicato Daniel Marcos Ortiz de Abreu, responsável pela subsede da entidade em Americana, “mobilizar contra as demissões é tarefa do Sindicato e da categoria. É necessário denunciar à sociedade que o Bradesco não valoriza seus funcionários em plena pandemia do novo coronavírus”.
Excesso de trabalho
As demissões na região de Americana resultou em excesso de trabalho na agência Centro e, consequentemente, filas e atraso no atendimento ao público. “A transformação de três agências em unidades de negócios (sem caixa, sem numerário, porta giratória, vigilante e quadro reduzido de funcionários), redirecionou o atendimento para a chamada ‘agência madrinha’; no caso, agência Centro, agravando as condições de trabalho e atendimento”, destaca o diretor Daniel de Abreu.