A economia nacional continua cambaleante, sem sinal de retomada. Não bastasse o desgoverno do presidente Jair Bolsonaro, iniciado em 2019, com suas políticas públicas descoordenadas, sem compromisso com as causas sociais e trabalhistas, a pandemia do novo coronavírus tornou a vida dos brasileiros ainda mais dramática em 2020. E com o fim do auxílio emergencial neste início de 2021, a miséria será ampliada, assim como a desigualdade.
Na Marcha da Insensatez, capitaneada pelo presidente da República, além dos ataques às instituições, à democracia e apoio ao desmatamento ilegal na Amazônia, permanecem levantadas as bandeiras negacionistas; entre elas, obsessão em ignorar o isolamento social, minimização da mortalidade provocada pela Covid-19 (mais de 207 mil vidas perdidas) e difusão da descrença em vacinas.
O descompromisso em alavancar a economia do país, resultou em 14,1 milhões de desempregados em 2020. E, tudo indica, poderá piorar. No início deste 2021, a Ford fechou suas fábricas de carros (5 mil demissões no Brasil e Argentina), e o Grupo General Mills (Yoki) encerrou a atividade de sua fábrica no Rio Grande do Sul (300 demissões). O que disse o capitão reformado Jair Bolsonaro? Mais uma piada infame: “O Brasil está quebrado” e ele não pode fazer nada. A culpa é da “mídia”.
No mundo dos bancos, ao contrário do país, não existe saldo negativo, com exceção do emprego. No primeiro semestre de 2020, os bancos lucraram R$ 41 bilhões e fecharam 8.086 postos de trabalho nos 10 primeiros meses. E 2021 começou com o Banco do Brasil anunciando mais um plano de reestruturação, mais cinco mil demissões. Não seremos mais 450 mil bancários.
Apesar da bravura da categoria, que enfrentou e enfrenta, diariamente, a Covid-19, nenhum reconhecimento dos bancos. Apenas cobrança por metas de vendas. Quem ficou na linha de frente ou em home office (230 mil) são pressionados com intensidade. A garantia de emprego prometida no início da pandemia, se desmanchou no ar.
Que fazer diante dos desafios? Unir e lutar, a exemplo de anos anteriores. Para manter e ampliar direitos, combater a precarização do trabalho, a categoria bancária deve resistir, somar forças com seus sindicatos. E mais: mobilizar-se, nacionalmente, em busca de saídas para os impasses no mundo do trabalho e na sociedade.
A Diretoria