Na abertura da reunião, a CEE reivindicou que a Caixa Federal reforce junto ao governo a inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização (PNI). Inclusive a Contraf-CUT já encaminhou pedido ao Ministério da Saúde, uma vez que a atividade bancária é classificada como essencial.
E mais: a Comissão reivindicou mais contratações e respostas aos ofícios da Contraf-CUT que tratam, entre outros pontos, da flexibilização da entrega das certificações Anbima e a manutenção das funções; do esclarecimentos sobre a instabilidade dos sistemas; da reestruturação; e do canal de apoio para os casos de violência contra a mulher.
Trabalho remoto
A Caixa Federal aprestou a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre o teletrabalho e bancos de horas. Entre os pontos consensuais, estão a disponibilização de equipamentos e cadeiras em sistema de comodato, atenção médica com avaliação específica, ação educacional sobre trabalho remoto para gestores e empregados, e mudança do presencial para o remoto “por iniciativa do empregado”. A marcação do ponto, finalmente, foi aceita pela Caixa Federal.
Na nova proposta há a previsão de duas modalidades para o trabalho remoto, mediante negociação entre o empregador e o gestor: sem controle da jornada de trabalho ou com controle da jornada de trabalho e banco de horas para compensação em até 12 meses. A CEE reafirmou a necessidade de uma ajuda de custos.
Quanto ao banco de horas, a Comissão observou que, dependendo da forma que for escrito pode impossibilitar o pagamento de horas extras. A CEE reivindicou que, durante a pandemia, não seja feita destituição de função e/ou rebaixamento. A Caixa Federal assumiu compromisso em avaliar os pontos levantados.
MFA
A Caixa Federal apresentou também as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. A CEE destacou que os empregados foram surpreendidos com as medidas; o que gerou muitas dúvidas. O principal problema é o uso dos celulares próprios dos empregados, que compromete o funcionamento do aparelho, alem dos gastos com internet, pagos pelos empregados. A Caixa Federal informou que avalia a possibilidade de reembolso, a ser previsto no ACT.
Sistemas
A CEE reivindicou a regularização dos sistemas, que apresentam instabilidades com frequência, e a não responsabilização dos empregados pelos problemas decorrentes das falhas tecnológicas.
Protocolo: Covid-19
A Comissão dos Empregados cobrou avanços no protocolo sobre Covid-19 e destacou que várias medidas que não são cumpridas; entre elas, higienização, que não está sendo realizada dentro do prazo estabelecido. A CEE cobrou ainda limitação clientes, aferição de temperatura, retorno do rodízio, testagem para todos os empregados da unidade onde ocorrer caso suspeito/confirmado, orientação de compra pelo pronto pagamento de máscaras eficazes (N 95, PFF2, tripla camada, cirúrgica), manutenção e ampliação de empregados no Projeto Remoto e revisão da lista de “serviços essenciais”. A CEE apontou ainda que as metas e o assédio moral têm resultado em adoecimento dos empregados.
Mobilidade
A Comissão reivindicou mobilidade dos empregados entre as agências, antes das novas contratações, e revisão do Deu Match e Equaliza, uma vez que os sistemas não têm funcionam.
Pendências
A CEE cobrou, mais uma vez, respostas para as seguintes pendências: reestruturação; não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento; inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória); CR444 (PQV); lives durante horário de atendimento; PSIs (transparência); fim dos objetivos SMART da VIRED; e PSIs (transparência).
Avaliação
Para o diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na CEE, Carlos Augusto Silva (Pipoca), “em que pese a necessidade de segurança no acesso aos recursos tecnológicos, está faltando diálogo com os sindicatos e com os empregados de maneira geral. Antes de implementar as novidades é preciso ouvir as pessoas que serão diretamente afetadas e construir uma solução que não crie mais problemas. Não é justo imputar ao empregado o risco do negócio”.
Pipoca destaca ainda “que a discussão sobre o uso do celular pessoal precisa evoluir para um regramento claro sobre o tema. Questões como mensagens e reuniões fora do horário de expediente e cobrança de metas, dentre outros, devem ser coibidas sob pena de aumentar significativamente o nível de estresse das pessoas e criarmos um imenso passivo trabalhista”.
Fonte: Contraf-CUT