O Banco do Brasil desistiu de alterar os critérios da Gestão e Desempenho Profissional (GDP) e manteve três ciclos avaliatórios para descomissionar, durante a décima rodada de negociação da pauta específica com a Comissão de Empresa (CEBB), realizada na tarde desta quarta-feira, 31 de agosto. Diante desse recuo, o Comando Nacional dos Bancários orienta aprovação do novo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na assembleia virtual a ser realizada logo mais, às 19h.
GDP: A proposta inicial do BB era reduzir de três para 1 ciclo avaliatório para descomissionar. A manutenção dos três ciclo representa uma conquista. O BB se comprometeu em estabelecer uma mesa para discutir, com os representantes dos funcionários, critérios visando aprimorar a GDP.
Previdência: Entre os principais avanços na mesa de negociação está a conquista do compromisso do banco em viabilizar a proposta dos eleitos para a implementação da revisão do critério da Pontuação Individual do Participante (PIP), através dos seus representantes nos órgãos de governança da Previ. A proposta de revisão foi apresentada pela CEBB.
“Desde que o Previ Futuro foi criado, em 1998, não houve alteração da metodologia de cálculo da PIP, mesmo após várias alterações nos planos de cargos e salários”, explicou o diretor eleito de Seguridade da Previ, Wagner Nascimento. “Isso explica porque, até o momento, apenas executivos com altos salários têm conseguido obter 10% na parte 2B”, completou.
A expectativa é que as mudanças na PIP beneficiem, logo de início, mais de 14 mil trabalhadores do BB, associados à entidade de previdência. Outros milhares também serão impactados com as mudanças na tabela ao longo dos próximos anos.
Banco de horas: conquista para PcDs e contínuos
Até 16 de agosto, 20.912 funcionários (7.163 deles escriturários e caixas) ainda não haviam saldado totalmente o banco de horas negativas, em decorrência do Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial da covid-19. Desse universo, cerca de 680 trabalhadores devem mais de 721 horas.
O BB apresentou como proposta a prorrogação do prazo, que terminaria em outubro deste ano, por mais de 18 meses. Portanto, os bancários passam a ter até março de 2025 para saldar o banco horas negativas, em até duas horas acima da carga horária diária de trabalho.
Outra opção colocada na mesa foi a utilização das faltas abonadas para saldar o banco de horas negativas. Os sindicatos também conquistaram anistia para os trabalhadores contínuos e PcDs, que são os enquadrados na condição de pessoa com deficiência.
Teletrabalho
O banco se comprometeu a alinhar o acordo de teletrabalho com o acordo fechado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, no qual ficou definida uma ajuda de custo que passa a ser reajustada pelo INPC a partir de 2023.
Também ficou estabelecida uma reunião que deve ocorrer até novembro, entre os representantes dos funcionários e do banco para se discutir a ampliação do percentual de funcionários e dos dias de semana em teletrabalho.
Mesas permanentes
Outro avanço foi o compromisso do BB em instalar mesas para debater, com prioridade, os casos dos trabalhadores de Plataforma de Suporte Operacional (PSO) e dos gerentes de serviço que atuam fora dos grandes centros e acabam acumulando funções. Também serão realizadas mesas sobre:
– Agências varejo, Estilo e escritórios digitais.
– Prédios/departamentos (cenop’s e unidades de apoio, táticas e estratégias).
– A situação dos funcionários egressos de bancos incorporados.
– Encontro nacional sobre planos de cargos e salários e remuneração variável.
– PAS Odontológico – deixar de usar a tabela com procedimentos e US, simplificando o processo mediante apresentação de orçamento e NF (até 20 mil até 48x).
– CRBB: Melhora nas condições de trabalho dos atendentes.
– GDP – critérios para o aprimoramento e implementação dos ciclos de avaliação.
O banco sinalizou que irá incorporar, em seu novo programa de diversidade, as propostas raciais e de gênero formuladas durante o 33º Congresso dos Funcionários do BB.
Assédio sexual
Reforçar o combate ao assédio, acompanhando as mesmas exigências definidas pelo Comando Nacional e Fenaban: treinamento e formação do quadro para a promoção de debates sobre o tema; acolhimento das denúncias e apuração bipartite, banco e sindicato; proteção e assistência às vítimas; e punição dos culpados.
APABB
CEBB e banco também concordaram em realizar uma reaproximação com a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil (APABB).
Fonte: Contraf-CUT,
Leia CCT negociada com Fenaban (clique aqui)