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SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE CAMPINAS
E REGIÃO
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campinas e Região, por seu presidente, tendo em vista deliberação de assembleia da categoria realizada no dia 11 de outubro de 2013, avisa a todos os bancários beneficiados com a celebração da convenção coletiva de trabalho 2013/2014, empregados de estabelecimentos bancários da base deste sindicato, nas cidades de Aguaí, Águas de Lindóia, Águas da Prata, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Cabreúva, Campinas, Cosmópolis, Elias Fausto, Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itatiba, Jaguariúna, Lindóia, Louveira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Morungaba, Monte Mor, Monte Alegre do Sul, Nova Odessa, Pedreira, Paulínia, Santo Antonio do Jardim, Santo Antonio de Posse, São João da Boa Vista, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, que poderão exercer o direito de oposição ao desconto assistencial definido em assembleia geral da categoria, no valor de 2,5% das verbas salariais, com teto máximo de R$ 130,00 (cento e trinta reais), a ser descontado no primeiro pagamento mensal reajustado, mediante entrega de requerimento manuscrito de próprio punho, devendo constar do mesmo, nome, qualificação, número da CTPS e nome da empresa em que trabalha, ser entregue individual e pessoalmente, no período de 14 a 23 de outubro de 2013, na sede do sindicato, com endereço na Rua Ferreira Penteado, nº. 460, Centro, Campinas-SP, e nas suas respectivas subsedes, no horário das 9h00 às 17h00.
Campinas, 14 de outubro de 2013
Jeferson Rubens Boava
Presidente
Edital publicado na edição do dia 14/10/13 do jornal Correio Popular
15/10/2013
Greve rompe intransigência da Fenaban
Mobilização nacional garante aumento real e avanços sociais
A greve de 23 dias, deflagrada no dia 19 de setembro, quebrou a intransigência da Fenaban. De Norte a Sul a categoria disse um sonoro NÃO a insuficiente proposta apresentada no dia 5 de setembro, que estabelecia apenas a reposição da inflação (6,1%). Após três semanas de greve, a Fenaban permanecia ainda irredutível ao propor reajuste de 7,1% (aumento real de 0,97%). Porém, na quarta semana, a greve desmanchou a ‘solidez’ dos Bancos. O discurso da Fenaban, afirmando que neste ano não haveria aumento real, não se sustentou. A força da greve, inclusive, arrancou avanços econômicos e sociais. O que levou a categoria a aprovar o acordo, em assembleia no último dia 11.
Além dos aumentos reais de 1,82% nos salários (reajuste de 8%) e de 2,29% no piso (reajuste de 8,5%), que se somam aos acumulados no período de 2004 a 2012 (16,2% nos salários e 35,6% no piso), a mobilização nacional assegurou reajuste de 10% na parte fixa da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR; elevou de 2% para 2,2% o percentual do lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR; proibiu os bancos de enviarem torpedo no celular pessoal dos bancários cobrando resultados; garantiu abono-assiduidade de um dia por ano; adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês; criação de grupo de trabalho para discutir as causas de afastamentos do trabalho (adoecidos); redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias apresentadas pelo Sindicato (programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, conquistado em 2010); debate sobre novo modelo de PLR antes da Campanha de 2014; e os dias parados serão compensados até o dia 15 de dezembro em até uma hora por dia.
Avaliação
Para o presidente do Sindicato, a greve acabou, mas a luta continua. “A categoria mostrou disposição de luta. Os bancários de bancos públicos e privados fizeram uma greve forte e muitos deles contribuíram, aliaram-se ao Sindicato no papel de convencer colegas ainda indecisos. Parabéns a todos. O movimento crescia diariamente, mesmo com a truculência de alguns Bancos; como é o caso do Itaú que apelou à Justiça com o manjado Interdito Proibitório, mas foi derrotado na 9ª Vara do Trabalho e no TRT de Campinas. A greve começou com 142 locais de trabalho fechados em 25 cidades e terminou com 355 locais fechados em 33 cidades da base do Sindicato, que é formada por 37. O movimento da Campanha 2013 está encerrado, mas a luta permanece. Não basta registrar no papel. É preciso colocar em prática e, ao mesmo tempo, fiscalizar as conquistas”.
Dias parados e assinatura
Os dias parados serão compensados até o dia 15 de dezembro e em até uma hora por dia a partir da assinatura do acordo com a Fenaban que, provavelmente, acontece ainda nesta semana. Portanto, denuncie ao Sindicato se algum gestor avançar o sinal e exigir compensação imediata.
BB e Caixa Federal
A greve rompeu com a intransigência da Fenaban e também do Banco do Brasil. Os dias descontados em função de protesto e greves contra o plano de funções serão reembolsados; a pontuação de mérito dos caixas passou de 0,5 a 1 ponto por dia, retroativos a 2006 – diga-se, de passagem, uma letra de mérito corresponde a R$ 113,00 -; e a trava de remoção dos escriturários reduziu de 24 para 18 meses.
Na Caixa Federal, a greve garantiu o pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados, a partir de janeiro de 2014; e PLR Adicional Caixa, a chamada PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido distribuído de forma linear. “Antes da greve nada estava assegurado seja nos bancos privados e públicos. Com mobilização, avançamos. Porém, novos direitos, novas conquistas dependem de um processo contínuo de luta. Com unidade, como ficou mais uma vez demostrado, é possível construir uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para toda a categoria e aditivos específicos nos bancos públicos que possibilitem remuneração e condições de trabalho dignas”, avalia o presidente Jeferson Boava.