A greve ampliou hoje (24), sexto dia, na região de Campinas, fechando 185 agências de bancos públicos e privados em 30 cidades: 95 em Campinas e 90 em 29 cidades da base. O que representa um crescimento de 12,1% em relação a ontem (23), quinto dia, quando fecharam 165 agências. Para avaliar a greve, o Comando Nacional dos Bancários, do qual o Sindicato faz parte, se reúne nesta quinta-feira, dia 26, às 14h, em São Paulo.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, o crescimento da greve mostra a grande insatisfação da categoria com os salários e com as condições de trabalho, hoje sob o império da cobrança de metas, do assédio moral. “É uma greve forte, de adesão e tende a crescer ainda mais”.
Ato público no Rosário dia 25
Nesta quarta-feira, dia 25, a subsede da CUT realiza Ato Público de Mobilização de Data-Base no Largo do Rosário, a partir das 16h. A manifestação irá reunir categorias em Campanha neste segundo semestre, como vidreiros, aeroviários, petroleiros, carteiros (ECT) e bancários.
Assembleia dia 26
Na quinta-feira, dia 26, o Sindicato realiza nova assembleia para avaliar a greve, na sede, às 18h.
Quem parou no 6º dia: 30 cidades
Campinas
Região: 29 cidades.
Água de Lindóia, Americana, Amparo, Arthur Nogueira, Cabreúva, Cosmópolis, Elias Fausto, Engenheiro Coelho, Espírito Santo Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itatiba, Jaguariúna, Louveira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte-Mor, Nova Odessa, Pedreira, Paulínia, Santo Antonio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
Contraproposta da Fenaban
apresentada na rodada do dia 5
Reajuste – 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho, em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
Reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
– PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
– Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
– Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
– Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
– Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fotos: Júlo César Costa