Grupo Santander Brasil demitiu no último dia 15 cerca de 400 trabalhadores bancários lotados nos centros administrativos de São Paulo, incluindo do Real. A medida mostra que o presidente mundial do grupo, Emílio Botin, mentiu quando anunciou à imprensa o seu plano estratégico para 2008-2010, em outubro do ano passado. Naquela ocasião, Botin afirmou que “a integração Santander-Real não é uma reestruturação; pelo contrário é um projeto de crescimento, de expansão”. Inclusive o pinóquio espanhol repetiu o desgastado discurso ao presidente Lula, durante audiência no último dia 19. Confirmou as demissões e disse que manterá plano de investimento de R$ 2,55 bilhões no Brasil até 2010. E o presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa, seguindo o seu mestre, também mentiu ao afirmar que “pretendemos superar a média do mercado em receita menos despesas e, ao mesmo tempo, aumentar a satisfação de nossos funcionários e clientes”.
Avaliação
ara a diretora do nosso sindicato e funcionária do Santander, Vera Moreira, a decisão do Santander é “irresponsabilidade pura. Estamos em pleno processo de negociação sobre a fusão com o Real, onde a garantia de emprego é o principal ponto da pauta. Com essas demissões o Santander apostou suas fichas no confronto”.