Proposta da CEF é tímida. Mobilização é a resposta
PCS
O diretor do nosso sindicato, Gabriel Musso ( 2° em sentido horário “camisa azul”)
participa da rodada de negociação com a CEF
A Caixa Econômica Federal apresentou no último dia 8, durante rodada de negociação da mesa permanente com a Contraf, sua proposta para unificação de tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). A proposta agora segue para aprovação do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest). A proposta da CEF, a ser debatida pelos empregados, prevê piso de R$ 1.244,00, equivalente à referência 101 do PCS 98, e teto de R$ 3.700,00. A proposta contempla ainda o valor da referência 95, as Vantagens Pessoais (VP) do salário padrão (correspondente a 1/3 da tabela de 1989), Tempo de Serviço (correspondente a 1/12 sobre o valor da tabela) e o impacto percentual dos R$ 30,00 pagos em 2004 aos empregados com salário até R$ 1.500,00. Quem recebia mais de R$ 1.500,00 em 2004 e optar pela nova tabela, receberá o valor linear de R$ 30,00 para ajustar o valor do salário. Para o diretor do nosso sindicato, e funcionário da CEF, Gabriel Musso, que participou da negociação como representante da Federação dos Bancários de SP e MS, a proposta apresenta tímidos avanços. “Na verdade, temos ainda muitos problemas a solucionar”, destacou o diretor. Um deles é a insistência da CEF em vincular a adesão ao PCS ao saldamento do REG/Replan e a adesão ao novo plano da Funcef. “Sem falar que o número de referências da tabela proposta é grande. O que pode trazer problemas no futuro”, observou Gabriel. Outro problema é o sistema de migração, que ocorreria por aproximação. Para os representantes dos empregados seria necessário um tipo compensação, que consideraria o tempo de serviço. Nova rodada – No próximo dia 23 será realizada nova rodada. Na pauta, discussão dos critérios para avaliação de desempenho para progressão na carreira. Na mesma reunião a CEF pretende apresentar propostas sobre PLR própria e Comissão de Conciliação Prévia (CCP). Atendimento – No que se refere a prática generalizada de impedir os usuários de entrar nas agências, forçando a utilização do auto-atendimento e o encaminhamento às lotéricas e correspondentes bancários, a CEF informou na reunião do último dia 8 que não se trata de política da instituição. Porém, reconheceu o problema e garantiu que irá repassar orientação visando corrigir o problema. Contratação – Os representantes dos empregados cobraram agilidade nas contratações – até agora a CEF não cumpriu compromisso da campanha salarial de 2007. Ou seja, contratar 3 mil empregados. Segundo o banco, no período de setembro de 2007 a março deste ano, foram contratados 2.042 novos empregados. Cabe aqui uma ponderação. Se forem consideradas as aposentadorias via PAA, as demissões por justa causa ou outras situações, que totalizaram 1.764, a contratação líquida resulta em 278 novos empregados. O que é menos de 10% do compromisso assumido. Discussão do PCS – O sindicato inicia nos próximos dias mais uma rodada de discussões com os empregados, nos locais de trabalho. Pretende também promover seminários na região. “O objetivo é buscar subsídios a serem apresentadas na mesa de negociação”, esclarece o diretor Gabriel.