ara enfrentar a atual crise econômica que assola o mundo, um grupo de 40 importantes economistas dos Estados Unidos – entre eles, Joseph Stiglitz, Jeffrey Sachs e James Galbraith – orientam os trabalhadores norte-americanos a voltarem a fazer parte de sindicatos. Hoje somente 7,5% dos trabalhadores do setor privado dos Estados Unidos estão representados por uma organização sindical.
Para os economistas, que assinam a declaração em defesa da resindicalização (divulgada pelo Boletim Carta Maior de 31/5), “as instituições que governam o mercado de trabalho”, a exemplo do setor financeiro, “também fracassaram, gerando a insólita e insana situação atual, em que as remuneração dos trabalhadores norte-americanos estancou, apesar do aumento de sua produtividade”. Segundo eles, entre 2000 e 2007, a renda familiar média das pessoas em idade economicamente ativa caiu 2000 dólares. “Uma queda sem precedentes. Nesse período, praticamente todo o crescimento econômico do país foi parar nas mãos de reduzido número de ricos estadunidenses”. A explicação dessa crescente desigualdade, de acordo com os economistas que assinam a declaração, “é a erosão da capacidade dos trabalhadores de se organizarem sindicalmente e de negociarem coletivamente (grifo nosso)”. Os economistas orientam que “a resposta natural dos trabalhadores, incapazes de melhorar sua situação econômica, é se organizarem sindicalmente para negociar uma participação mais equitativa nos resultados da economia”.
Para o presidente do nosso sindicato, Jeferson Boava, a declaração dos economistas estadunidenses mostra a importância dos sindicatos na relação capital e trabalho. “Trabalhador organizado, sindicalizado, tem força de pressão, seja nos momentos de crescimento econômico ou de crise. A própria categoria bancária, que tem alto índice de sindicalização, é um bom exemplo”.
08/06/2009
Trabalhadores norte-americanos devem se resindicalizar, defendem economistas
Mundo do Trabalho
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